重返安哥拉市场,但需要 “差别待遇”

文摘   2025-01-05 00:01   甘肃  

重返安哥拉,巴西希望其

在安哥拉的公司获得 “差别待遇”

上个月,巴西贸易与投资促进局(ApexBrasil)要求安哥拉政府为在安哥拉的巴西公司提供 “差别待遇”,以帮助发展这个非洲国家的农业部门。

据ApexBrasil总裁Jorge Viana称,巴西在卢拉-达席尔瓦的领导下,“正在重返非洲和安哥拉,帮助其发展”,尤其是巴西在农业部门和建立合作社方面的丰富经验。

巴西对安哥拉的融资在几年前被暂停,但现在开始谨慎回归。巴西银行将通过其出口融资计划/Proex将用于国外融资的部分金额分配给安哥拉。Proex总共有20亿美元可供根据各个国家的需求进行分配。去年底安哥拉-巴西商会/CCAB和安哥拉巴西企业家和高管协会/Aebran主席Raimundo Lima透露,他当时参加Proex会议促成商会成员符合Proex的融资条件,Proex是一项巴西政府计划-为出口商品和服务的公司提供财务资源。巴西对该国的融资一直持续到2015年,先后从BNDES获得33亿美元,从Proex获得5.5亿美元总计38.50亿美元。2019年安哥拉还清了欠巴西的所有债务。

Jorge Viana在罗安达举行的 “巴西-安哥拉农业商业论坛 ”上说:

“我们需要把合作社带到这里,这样他们就可以利用巴西成功开发的合作社技术,帮助这里组建合作社,因为合作社不是以盈利为目的,而是做生意和发展。”

Jorge Viana强调,巴西 “拥有世界上最大的(农业)合作社”,可以帮助安哥拉人民以伙伴关系建立自己的合作社,但他对巴西公司在安哥拉面临的困难表示遗憾。

他说:“我们遇到了一些困难,有一些例子,例如,BR-Foods(一家巴西农业食品公司)在这里遇到了问题。”

Jorge Viana在罗安达的Guimarães Rosa学院向由巴西和安哥拉商界人士、部委官员、安哥拉农业部长和外交部长组成的听众发表讲话,呼吁 “区别对待”。

他说:“我想请安哥拉政府不要把巴西看作只是来这里签署合作协议的另一个国家,而应把巴西看作是一个巨大的机遇,希望继续成为安哥拉兄弟的一个国家。”

据ApexBrasil公司总裁称,卢拉-达席尔瓦政府 “不会放弃 ”与非洲国家,特别是安哥拉的合作,他认为有必要 “建立一种战略关系,为巴西公司提供不同的待遇”,这不应被视为 “一种恩惠,而是让这些公司有机会来这里,而不是去其他地方”。

Jorge Viana认为,安哥拉不能 “为世界制定一个普遍规则,并将巴西置于这个普遍规则之中”。

他强调说:“如果那样的话,我们将丢掉卢拉-达席尔瓦总统和安哥拉总统若昂-洛伦索为我们提供的机会,”他暗指2023年8月巴西国家元首访问安哥拉期间签署的协议。

他还强调,卢拉-达席尔瓦的领导对两个葡语国家来说是一个巨大的机遇。

安哥拉私人投资和出口促进局(Aipex)董事会主席Arlindo Rangel说,该论坛旨在加强两国农业关系、促进经验交流、建立战略伙伴关系和探索商机。

他认为,对安哥拉农业部门的投资 “恰逢其时”。

他说:“安哥拉国家的优先事项之一是粮食安全和经济多样化,重点是农业部门,增加供国内消费的传统食品的生产。”

他说,对安哥拉来说,农业综合企业是一项被认为必要的投资,因此享有Aipex的全面支持,这转化为税收和关税优惠、法律确定性和简化程序,旨在加快巴西公司在安哥拉实现业务。

根据Aipex的数字,安哥拉是非洲最大的巴西侨民社区,约有30,000名巴西公民和近200家巴西公司在安哥拉市场运营。

ref:Brasil quer “tratamento diferenciado” para as suas empresas em Angola

07 Dezembro, 2024,Picture of Agência de Notícias Lusa, Agência de Notícias Lusa

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) pediu hoje ao Governo angolano “tratamento diferenciado” das empresas brasileiras em Angola, para ajudar a desenvolver o setor agropecuário no país africano, lamentando dificuldades de alguns empresários.

Brasil quer "tratamento diferenciado" para as suas empresas em Angola

Segundo o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, o Brasil, sob a liderança de Lula da Silva, “está de regresso a África e a Angola para ajudar no seu desenvolvimento”, sobretudo com a sua vasta experiência no setor agropecuário e na formação de cooperativas.

“Precisamos trazer nossas cooperativas para cá, para que elas ajudem a formar cooperativas aqui com a tecnologia de cooperativas que o Brasil conseguiu desenvolver, porque a cooperativa é algo que não visa lucro, mas faz comércio e cresce”, disse Jorge Viana durante o Fórum Empresarial Agro Brasil-Angola, em Luanda.

Salientando que o Brasil “tem as maiores cooperativas do mundo”, que podem ajudar o povo angolano a formar, em parceria, as suas cooperativas, Jorge Viana lamentou, contudo, dificuldades de empresas brasileiras em Angola.

“Temos tido alguma dificuldade, temos alguns exemplos, a BR-Foods [empresa brasileira do setor agroalimentar], por exemplo, está tendo problemas aqui”, referiu, sem especificar, dando conta que esta empresa está a ser convidada para se instalar em todo o mundo.

Falando no Instituto Guimarães Rosa, em Luanda, perante uma plateia composta por empresários brasileiros e angolanos, funcionários de departamentos ministeriais e pelos ministros da Agricultura e das Relações Exteriores de Angola, Jorge Viana pediu “tratamento diferenciado”.

“Gostaria de pedir ao Governo de Angola que não veja o Brasil como mais um país vindo aqui querendo assinar acordos de cooperação, veja o Brasil como uma grande oportunidade, um país que quer seguir sendo irmão de Angola”, disse. Um

O Governo de Lula da Silva, segundo o presidente da ApexBrasil, “não abre mão” de trabalhar com os países africanos, e especialmente com Angola, defendendo a necessidade de se “montar uma relação estratégica onde haja um tratamento diferenciado para as empresas brasileiras”, que não deve ser visto “como um favor, mas para dar oportunidade dessas empresas virem para cá e não irem para outros lugares”.

Para Jorge Viana, Angola não pode “estabelecer uma regra geral para o mundo e colocar o Brasil nessa regra geral”.

“Se acontecer isso, vamos jogar fora as oportunidades que o Presidente Lula da Silva e o Presidente angolano, João Lourenço, nos estão oferecendo”, salientou, aludindo aos acordos assinados em agosto de 2023 durante a visita do chefe de Estado brasileiro a Angola.

Destacou também a experiência brasileira na agropecuária e que deve ser partilhada com Angola no quadro das relações bilaterais, insistindo que a liderança de Lula da Silva é uma grande oportunidade para os dois países lusófonos.

Arlindo Rangel, presidente do conselho de administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (Aipex), disse, por sua vez, que o fórum visa fortalecer as relações agropecuárias, promover a troca de experiências, estabelecer parcerias estratégicas e explorar oportunidades de negócio entre os dois países.

Considerou que investimento no setor agropecuário angolano “é oportuno”.

“É uma das prioridades do Estado angolano a segurança alimentar e a diversificação económica, com ênfase no setor agropecuário através do aumento da produção de alimentos tradicionais para o consumo interno”, declarou.

O agronegócio é para Angola um investimento considerado necessário, gozando por isso de todo o apoio burocrático da Aipex, que se traduz em benefícios fiscais, aduaneiro, segurança jurídica e procedimentos simplificados que visam acelerar a concretização dos negócios de empresas brasileiras em Angola, assegurou.

A maior comunidade do Brasil em África encontra-se em Angola com cerca de 30.000 cidadãos e perto de 200 empresas brasileiras operam no mercado angolano, conforme dados da Aipex.


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