马克龙:安哥拉是海的彼岸
马克龙演讲-法国国宴
尊敬的总统先生;
尊敬的国会主席女士;
尊敬的部长们;
尊敬的欧盟委员;
尊敬的安哥拉代表团;
欢迎来到巴黎!
今天,我们以伟大友谊之名热情欢迎安哥拉。
今晚,我们欢迎您,总统先生以及您的国家,您的国家如此之独特。
此次国事访问正值世界格局重塑时期,几天前我曾就在这个房间里向我国大使们阐述过这一时期。地缘政治、技术甚至哲学上的混乱正在削弱人们对民主、和平与自由的信心。
为了应对这些挑战,我们与非洲的关系至关重要。
建立基于互利交流的新型关系至关重要,这将使我们能够共同面对未来的巨大挑战:气候、安全、经济、人口。
自2018年首次交流以来,我们走上了一条比以往任何时候都更加强大、更加充满活力的道路。
我2023年3月访问罗安达以及阁下今天访问巴黎就证明了这一点。
但这种关系并不只限于我们之间。
我们的友谊由商人、教师、艺术家、设计师、运动员、机构参与者、女性和男性所激发。
今晚我们为他们庆祝。
他们是我们两国之间关系的建立者。
伟大的葡萄牙作家安东尼奥·洛沃·安图内斯 (António Lobo Antunes) 写道,在欧洲人的想象中,安哥拉是“海的彼岸”。在这片大海、在这片大洋里,我们都在建造坚固的桥梁,让我们满怀信心地面对未来。
这些桥梁首先是强劲且不断发展的经济关系。
并不是所有人都知道法国是安哥拉的第一大投资者。
在贵国有70家法国公司,雇佣员工15000人,投资额达180亿欧元。
我们正在通过提供能源、卫生、农业、水利、电力、交通甚至卫星太空等各个领域的合作加强伙伴关系。
法国和欧洲也支持您开发洛比托走廊,这是安哥拉和该地区未来的关键之一,欧洲投资者在其中处于领先地位。
这种友爱和尊重的精神也涵盖了生活和当代文化。
我欢迎我国大使馆对安哥拉年轻艺术家、他们的项目和抱负的支持,例如在罗安达举办的安哥拉爵士音乐节,这是由安哥拉音乐家发起的年度爵士音乐节,现已具有国际影响力。
今晚,我想向安哥拉文化致敬,尤其是基桑巴舞,安哥拉希望将这种舞蹈和音乐风格列为联合国教科文组织世界遗产。
我也不会忘记法语,这是我们共同的语言,一部分安哥拉人讲法语,随着去年十月在维莱科特雷峰会上安哥拉加入法语大家庭,阁下有意发展法语。
两所新的埃菲尔学校将于2025年和2026年在安哥拉开设,为来自各个社会阶层的安哥拉年轻人提供优质的法语-葡萄牙语双语科学培训。
我向第一夫人的行动致敬,她是这个体系的教母,我们将继续支持和发展。
第一夫人女士,阁下和我的夫人今天参观了凡尔赛宫,在那里欣赏了18世纪的雕像,这些雕像于2022年回到城堡,这要感谢安哥拉,安哥拉将历史遗留下来的作品归还给了法国,法国以友好姿态接受安哥拉的友谊之手。
总统先生,阁下还希望安哥拉在世界上发挥更大的作用,从而增强自己的影响力。我们要对你在领导区域和平进程中表现出的坚定决心表示敬意,例如刚果民主共和国与卢旺达之间的罗安达进程。
您即将担任非洲联盟轮值主席国,我想告诉您,我们将为您提供支持,同时记住,我们将在2026年担任七国集团主席国。
在安哥拉对非洲大陆的未来发挥如此决定性作用的时刻,我要向安哥拉辉煌的过去致敬。
我愿引用安哥拉独立之父阿戈什蒂纽·内图在里斯本的牢房中写下的诗歌《我们还会回来》中的一段,这首诗梦想着回到自由独立的安哥拉的幸福日子。
我们将回来
前往解放后的安哥拉
独立的安哥拉
那快乐的日子到来了,紧接着,我们在你们独立50年后见证了你们取得的令人瞩目的成功。
其他幸福的日子将会到来,铭刻着自由、博爱和进步的印记。
阁下,这就是我们团结在一起的希望,也是我们两国人民团结在一起的希望。
法国和安哥拉,我们在一起!
DISCURSO DO PRESIDENTE EMMANUEL MACRON NO JANTAR DE ESTADO
Palácio de Élysée, 16 Janeiro 2025
Excelentíssimo Senhor Presidente;
Excelentíssima Senhora Presidente da
Assembleia Nacional;
Excelentíssimas Senhoras Ministras;
Excelentíssimos Senhores Ministros;
Excelentíssimo Senhor Comissário Europeu;
Cara delegação angolana;
Sejam bem-vindos a Paris!
Hoje celebramos Angola com o fervor das grandes amizades. Sim, esta noite, damos-lhe as boas-vindas, Senhor Presidente, a si e à sua nação, cujo destino é tão singular.
Está visita de Estado ocorre num momento de recomposição do mundo que descrevi há alguns dias nesta mesma sala, perante os nossos embaixadores. Desordens geopolíticas, tecnológicas e atéfilosóficas estão a solapar a confiança na Democracia, na paz e na liberdade. Para fazer face a estes desafios, écrucial a nossa relação com África. Crucial para forjar novas relações baseadas em intercâmbios mutuamente benéficos, que nos permitam enfrentar juntos os grandes desafios de amanhã: clima, segurança, economia, demografia.
Desde os nossos primeiros intercâmbios em 2018, percorremos um caminho que nos permitiu forjar uma relação mais forte e mais vibrante do que nunca. Disso testemunham a minha visita a Luanda em Março de 2023 e a presença de Vossa Excelência hoje em Paris. Mas esta relação vai muito mais além de nós. É uma relação animada pelos empresários, professores, artistas, designers, desportistas, actores institucionais, mulheres e homens que formam o rosto da nossa amizade. Esta noite celebramo-los.
São eles que criam os laços entre os nossos dois países. Um grande escritor português, António Lobo Antunes, escreveu que Angola era, no imaginário europeu, “a outra margem do mar”. Neste mar, neste oceano, estamos todos a construir pontes sólidas que nos permitirão encarar o futuro com confiança.
Estas pontes são, antes de mais, relações económicas fortes e em crescimento. Nem todos sabem que a França é o primeiro investidor em Angola. Setenta empresas francesas estão presentes no vosso país, empregando 15 mil pessoas, com um stock de investimento de 18 mil milhões de Euros. Estamos a reforçar as nossas parcerias em sectores tão variados como a energia, a saúde, a agricultura, a água, a eletricidade, os transportes e até o espaço, com o fornecimento de um satélite. A França e a Europa estão também ao vosso lado para o desenvolvimento do Corredor do Lobito, uma das chaves do futuro de Angola e da região, e no qual estão em primeira linha os investidores europeus.
Este espírito de fraternidade e de respeito abrange também a cultura viva e contemporânea. Congratulo-me com o apoio da nossa embaixada aos jovens artistas angolanos, aos seus projectos e ambições, como o festival Angojazz em Luanda, um festival anual de jazz iniciado por músicos angolanos e que adquiriu uma dimensão internacional.
Esta noite, quis prestar homenagem à cultura angolana, nomeadamente à kizomba, o estilo de dança e música que Angola gostaria de ver classificado como Património Mundial da UNESCO.
Não esqueço o francês, uma língua que partilhamos, falada por uma parte da população angolana e que Vossa Excelência pretende desenvolver, seguindo a dinâmica da adesão de Angola à grande família francófono na cimeira de Villers-Cotterêts em Outubro passado. Duas novas escolas Eiffel, que oferecem uma excelente formação científica bilíngue francês-português aos jovens angolanos de todas as classes sociais, serão inauguradas em Angola em 2025 e 2026. Saúdo a acção da Primeira-Dama, madrinha desta rede que continuaremos a apoiar e a desenvolver.
Minha senhora, Vossa Excelência e a minha esposa visitaram hoje o Castelo de Versalhes, onde admiraram as estátuas do século XVIII que retomaram o seu lugar no Castelo em 2022, graças a Angola, que restituiu à França as obras que os acasos da História haviam deixado na sua posse - um gesto de amizade que a França recebeu com amizade.
Senhor Presidente, Vossa Excelência está também a construir a sua influência através do papel que pretende que Angola desempenhe no mundo. Queremos aqui prestar homenagem à sua determinação inabalável na condução de processos regionais ao serviço da paz, como o Processo de Luanda entre a República Democrática do Congo e o Ruanda. E como, em breve, irá assumir a presidência da União Africana, quero dizer-lhe que pode contar com o nosso apoio, recordando que assumiremos a presidência do G7 em 2026.
Numa altura em que Angola tem um papel tão decisivo a desempenhar em prol do futuro do continente africano, quero prestar homenagem ao seu passado glorioso. Gostaria de citar um excerto do poema “Havemos de Voltar” que Agostinho Neto, o pai da Independência, escreveu da sua cela em Lisboa para sonhar com o dia feliz em que regressaria a uma Angola livre e independente.
Havemos de voltar
À Angola libertada
Angola independente
Esse dia feliz chegou e foi seguido por um sucesso impressionante a que estamos a assistir 50 anos após a vossa independência. Outros dias felizes virão, marcados com o selo da liberdade, da fraternidade e do progresso. Esta é a esperança que nos une, Excelentíssimo Senhor Presidente, e que une aos nossos dois povos.
França e Angola, estamos juntos!
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